
O amianto é “uma temática que assusta muita gente, mas que, de uma forma geral, é mal abordada, afirmou hoje José Delgado, presidente da secção regional sul da OET portuguesa, durante o III Congresso Lusófono de Segurança e Saúde Ocupacional e Ambiental, que decorre na cidade da Praia.
“Muitas vezes olha-se para a coisa como se fosse tudo igual e, no amianto, nada é igual, cada caso é um caso”, prosseguiu o engenheiro técnico, para quem a resposta nesta questão “é a prevenção”.
Segundo José Delgado, “o amianto mata quando não há prevenção” e, por esta razão, “o empregador tem de fazer a prevenção e proteger a saúde dos seus trabalhadores”. “A produtividade e a segurança são parceiros”, sublinhou.
Durante a sua intervenção, este engenheiro apresentou imagens de bons e maus exemplos de remoção de placas de fibrocimento (com amianto), com as melhores a apresentar trabalhadores devidamente protegidos e a mostrar processos que evitam o maior dos perigos do amianto: a libertação das partículas.
Os piores exemplos partilhados com a assistência do congresso passaram por trabalhadores sem qualquer proteção, a manusear placas com amianto e a cortá-las, com a provável libertação para a atmosfera de partículas, as quais são perigosas para a saúde.
O engenheiro deixou ainda críticas às características dos coordenadores de segurança que, segundo disse, “qualquer um pode ser”.
“Também fazemos lá [em Portugal] muitas asneiras”, ironizou, recordando que o fibrocimento “existe muito em Cabo Verde e em todos os países de expressão portuguesa”.
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