
Seja para poupar ou para se livrar de um vício, é comum esbarrar-se em pessoas que gostariam de largar o hábito do café. Há quem lhe chame uma espécie de "combustível das ideias", "poção mágica" ou "shot de energia". A verdade é que ou se gosta ou se detesta esta bebida, uma das mais famosas do mundo.
A grande maioria da população dorme menos do que o que devia, de acordo com uma investigação de Christopher Drake, responsável pelo Centro de Sono do Hospital Henry Ford. "Uma hora de sono perdida não vai destruir a vida de ninguém, mas quando se acumulam, desenvolve-se um problema de restrição crónica de sono", diz.
E o café não é a resposta. A cafeína até pode ajudar a aliviar a sensação de sonolência, mas o ser humano continuar a precisar da mesma quantidade de sono. "A cafeína é certamente uma maneira fácil de minimizar os efeitos da falta de sono para se sentir alerta, mas, ao mesmo tempo, pode estar-se a construir um débito crónico de sono", comentou o especialista citado pelo Huffington Post.
Foi com medo de estar a caminhar para uma dependência nociva, que a blogger Hale Goetz decidiu experimentar ao longo de um mês não beber café. Eis os resultados:
Sono
A jornalista conta que logo após desistir do café passou a dormir que nem uma pedra. Assim que sentia o colchão debaixo do corpo, adormecia. Às vezes nem tinha tempo para apagar a luz. Os longos períodos de insónia foram substituídos por horas de sono sem interrupção. O único senão é que acordava mais cedo, sobretudo porque também passou a ter sono mais cedo.
Bem-estar
Antes das 10h30 começava a primeira dor de cabeça. Inicialmente era apenas uma sensação leve, ao final do dia tornava-se quase insuportável. Às 19h00 só havia vontade de se enfiar na cama, para aliviar as dores. Os primeiros 15 dias foram difíceis, os seguintes 15 foram menos severos do ponto de vista da dor de cabeça.
Produtividade
Decaiu de forma assombrosa. A jornalista admite que o café era uma espécie de motor de ideias. Quando "andava a café", conseguia "despachar uma data de trabalho". Durante aquele mês, sentiu que não conseguia dar conta de tudo. Sem café, a blogger diz ter-se sentido também sem inspiração.
Dinheiro
Limitar a ingestão de café e de produtos com cafeína (chá, bebidas energéticas, descafeinado e alguns chocolates) resultou numa poupança substancial: 122, 58 dólares no final do mês.
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