A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) iniciou em 2009 um programa de rastreio do cancro da mama, que se estende agora aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, e Torre do Moncorvo, distrito Bragança.

Até meados de julho, serão convidadas, por carta, a fazer uma mamografia cerca de 2.600 mulheres elegíveis com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos, inscritas no centro de saúde de Vila Pouca de Aguiar. O local de realização é a unidade móvel de rastreio estacionada junto àquele centro de saúde. Em Torre de Moncorvo, o convite é dirigido a cerca de 1.300 utentes e o rastreio será feito também numa unidade móvel.

De acordo com dados fornecidos à agência Lusa pela ARS Norte, nestes oito anos o programa abrangeu quase 25% da população feminina da região norte, com idades compreendidas entre os 45 e 69 anos, e foi gradualmente alargando a sua cobertura, abarcando, no final do ano passado, 75 concelhos (87%) e 20 agrupamentos de centros de saúde (83%).

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1300 rastreios positivos

Segundo a ARS, entre 01 janeiro e 31 maio de 2017, foram rastreadas 84.513 mulheres, realizadas 4.778 consultas de aferição e referenciadas para os hospitais 528 mulheres com resultado positivo. Em 2016, foram convidadas 268.412 mulheres e rastreadas 155.057, foram ainda realizadas 6.961 consultas de aferição e o número de casos positivos referenciados para o hospital foi 766.

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Desde o final do ano passado que todos os ACES da região estão abrangidos e as unidades de rastreio são já 19 (quatro fixas e 15 móveis).

A ARS Norte contratou os serviços da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), para a realização de mamografias, consultas e exames complementares, sempre que estes forem necessários, bem como para o envio das cartas convite.

O exame de rastreio é a mamografia, que todas as mulheres elegíveis (isto é sem motivos de exclusão) com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos, inscritas nas unidades de saúde dos cuidados de saúde primários de toda a região Norte, são convidadas a fazer a cada dois anos.

Atualmente, segundo dados da LPCC, em Portugal, com uma população feminina de cinco milhões, surgem 6.000 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja 11 novos casos por dia, morrendo por dia quatro mulheres com esta doença.