"A nossa intenção é garantir o acesso em condições de igualdade a todas as pessoas que frequentam a Praia de Mira, eliminando barreiras e criando um circuito urbano acessível", disse à agência Lusa o presidente deste município de Coimbra.

Antes mesmo de saber se a candidatura a fundos comunitários será aprovada, a autarquia avançou com algumas medidas no arranque da época balnear, criando rampas e acessos ao areal para pessoas com mobilidade reduzida.

O "circuito urbano acessível" quer ir ainda mais longe, estabelecendo a eliminação de barreiras físicas, rebaixamento de passeios e promovendo "a utilização de meios de transporte amigos do ambiente com a criação de faixas de circulação exclusivas".

A autarquia pretende ainda construir passeios na área urbana da Praia com um mínimo de um metro e meio de largura, eliminar pontos críticos reduzindo o risco de acidentes e melhorar a circulação pedonal com a eliminação de ressaltos e inclinações acentuadas, degraus e escadas.

"Como única praia no mundo que tem a Bandeira Azul há 33 anos temos a obrigação de zelar pela segurança e bem-estar de quem nos visita", refere Raul Almeida, lembrando que a autarquia celebrou este ano um protocolo de dez mil euros com os Bombeiros Voluntários de Mira, assegurando a presença em permanência de uma ambulância junto ao areal durante a época balnear.

A autarquia celebrou ainda dois protocolos com a Associação Adamastor - Associação de Nadadores Salvadores de Mira, no valor de 40 mil euros, para assegurar a vigilância na praia mesmo fora da época balnear. Na prática, a Praia de Mira passa a ter vigilância entre 08 de maio e 31 de outubro. Durante a época balnear (15 de junho e 15 de setembro), a vigilância será feita em articulação com os meios habituais do Instituto de Socorro a Náufragos.

A Praia de Mira, que foi também contemplada este ano com a Bandeira Qualidade de Ouro pela associação ambiental Quercus, vai disponibilizar também um inédito sistema de informação para daltónicos, designado ColorAdd.

Os daltónicos passam a poder identificar as cores das bandeiras, que passam a ser representadas também por símbolos gráficos, um sistema criado pelo designer português Miguel Neiva.