
Um grupo de investigadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia descobriu que a inativação de um gene chamado CMAH, que permite a síntese de um açúcar chamado Neu5Gc, provocou grandes diferenças em relação à maioria de primatas.
Ao mesmo tempo que aconteceu esta mutação genética, os antepassados dos humanos começaram a andar erguidos, produzindo-se mudanças muito rápidas na sua biomecânica e na fisiologia do seu esqueleto.
Dessa forma, desenvolveram pernas mais longas e elásticas, pés maiores e músculos mais potentes. Segundo o presente estudos, essas mudanças significativas potenciaram a capacidade humana de correr longas distâncias, permitindo melhorar as suas técnicas de caça e alimentação.
Como chegaram a essa conclusão?
Para realizar o estudo, o autor principal, o professor Ajit Varki, e sua equipa avaliaram a capacidade para correr de ratos que também careciam do gene CMAH.
Os cientistas colocaram os animais a correr em esteiras e notaram um aumento no rendimento, assim como uma maior resistência à fadiga na ausência desse gene.
Dessa forma, os dados recolhidos na experiência sugeriram que a perda do gene CMAH contribuiu para uma melhor capacidade muscular.
"Se estas descobertas foram transferidas para a realidade dos humanos, é possível que tenham proporcionado aos primeiros hominídeos uma vantagem seletiva para se transformarem em caçadores-coletores", concluiu Varki citado pela agência de notícias France Presse.
Com agências
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