João Oliveira falava aos jornalistas após uma visita às diversas unidades daquela instituição hospitalar que é atravessada pelo traçado do IP2, cujo tráfego afeta o seu normal funcionamento e as condições de atendimento dos utentes.
"A visita ao Hospital do Espírito Santo, em Évora, confirmou precisamente aquilo por que temos vindo a lutar - a construção de um novo hospital central que sirva todo o Alentejo. Não para substituir os hospitais mais próximos das populações - no litoral alentejano, em Beja, em Portalegre -, mas para complementar a resposta que é dada na região para evitar que os alentejanos tenham que ser empurrados para Lisboa para que tenham acesso aos cuidados de saúde", disse.
Para o deputado comunista, que liderou uma comitiva inserida nas jornadas parlamentares que hoje terminam, o futuro hospital "é, de facto, uma necessidade absoluta".
"Continuaremos a batalhar para que, depois de concluído o processo de concurso, que já foi lançado, a obra seja adjudicada e o hospital possa entrar em obra ainda em 2020 porque essa é, verdadeiramente, a garantia de que o processo se torna irreversível para que, em 2023, possamos ter o novo hospital", sublinhou.
O Hospital do Espírito Santo tinha previstas para 2018 16.450 cirurgias e cerca de 189.000 consultas. Os três edifícios que constituem este hospital central alentejano têm um total de 314 camas e beneficiaram de um total de 9,5 milhões de euros de investimento entre 2016 e 2019.
João Oliveira salientou ainda a necessidade de "encontrar condições para fixar no Alentejo os profissionais para prestar os cuidados de saúde às populações", através de "medidas de incentivo, melhoria das condições de trabalho e para evitar que o Serviço Nacional de Saúde continue a ser sangrado de profissionais pelo negócio da doença que vai proliferando por todo o lado, sobretudo nas regiões do interior"
O líder parlamentar do PCP referia-se a médicos, mas também a enfermeiros e técnicos superiores e de diagnóstico.
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