Já sabíamos que a Dieta Mediterrânica prevenia o aparecimento da diabetes e de doenças cardiovasculares, só não tínhamos a certeza é que esta era também uma das opções mais saudáveis para o cérebro, nomeadamente para a prevenção das doenças neurodegenerativas.

De acordo com o último estudo sobre a matéria, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, a dieta dos povos do sul da Europa - leia-se Portugal, Espanha, França, Itália, Croácia, Chipre e Grécia - é saudável e pode ajudar a preservar a saúde cerebral a longo prazo. Este estudo inclui ainda um dado inovador: não é o peixe o segredo dos benefícios da Dieta Mediterrânica, classificada Património Imaterial pela UNESCO.

O estudo não esclarece exatamente porquê, salienta apenas que as saladas frescas vestidas de azeite, a fruta, o hummus, o feijão e as massas são a chave do sucesso.

O grupo de investigadores da área da neurologia observou  ressonâncias magnéticas ao cérebro de 401 pessoas, primeiro aos 73 e depois aos 76 anos.

Perda de massa cinzenta

O estudo, baseado na observação do volume do cérebro, conseguiu estabelecer uma relação entre a alimentação e a perda de volume e células cerebrais, duas das principais causas de demência, nomeadamente da Doença de Alzheimer.

De acordo com as conclusões da investigação, quem aderiu à Dieta Mediterrânica sofreu menos efeitos decorrentes do natural processo de envelhecimento cerebral comparativamente a qualquer outra dieta, uma vez que o cérebro não diminuiu de tamanho no período de estudo.

Em contrapartida, o estudo mostra que os que adotaram a dieta do Sul da Europa tinham mais dez milímetros de volume total de cérebro do que aqueles que optaram por outro tipo de alimentação.

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