O estudo em apreço e que pode ser consultado aqui “tem como objetivo alertar os profissionais de saúde, políticos e outros intervenientes, que devem direcionar e reforçar os seus esforços para melhorar a literacia pública e aumentar a adesão ao padrão alimentar mediterrânico, que é benéfico ao promover o envelhecimento ativo e a sustentabilidade”, lemos no comunicado que acompanha o lançamento do trabalho.

O mesmo documento detalha que “a dieta mediterrânica fomenta um estilo de vida holístico, integrando alimentação, cultura, meio ambiente e sustentabilidade. Enraizado em tradições antigas, este padrão alimentar promove o consumo de produtos frescos, frutos secos, azeite e peixe, limitando o consumo de carne e alimentos processados. Segundo esta revisão, o seu foco em recursos naturais, na sazonalidade e no respeito pelo meio ambiente alinha-se com os princípios da sustentabilidade”.

Paula Pereira, investigadora na Egas Moniz School of Health Science, refere que “enquanto a investigação em tecnologia alimentar continua à procura de soluções emergentes no século XXI, a dieta mediterrânica pode resolver este desafio. Para além dos benefícios reconhecidos para a saúde, adotar os princípios desta dieta pode levar a indivíduos mais saudáveis e a um planeta mais sustentável, integrando padrões alimentares em considerações ambientais e sociais mais amplas”.

Em 2010, a dieta mediterrânica foi reconhecida como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, sendo que a estudo demonstra que “existe uma relação inversa entre a dieta mediterrânica e a incidência de patologias como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade, cancro e doenças neurodegenerativas. Desta forma, uma dieta próxima do padrão mediterrânico, a longo prazo, está associada a benefícios para a saúde e deve ser um dos principais objetivos das estratégias de saúde pública”.

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