"A Ordem dos Médicos, na sequência do surto pelo novo coronavírus e perante o que se conhece até ao momento, decidiu emitir um conjunto de recomendações que visam contribuir de forma positiva para um melhor acompanhamento do que está a acontecer no terreno, para capacitar as instituições de saúde no sentido de poderem responder de forma ágil às necessidades logísticas e de recursos humanos e para conter a transmissão de casos em Portugal", lê-se em comunicado.
"A criação de uma linha de financiamento específica para o COVID-19, que permita que as instituições de saúde atuem com autonomia, adaptabilidade e rapidez para fazer face a uma situação muito dinâmica, é uma das propostas", informa ainda a OM.
Veja as 10 recomendações completas
1- Criação de uma linha de financiamento específica para o COVID-19, que permita que as instituições de saúde atuem com autonomia, adaptabilidade e rapidez para fazer face a uma situação muito dinâmica;
2- Identificação bem definida de uma cadeia de comando, liderada pela Direção-Geral da Saúde, que comunique com clareza e que sirva de elo entre os vários intervenientes;
3- Publicação urgente e ampla divulgação do Plano de Contingência Nacional;
4- Nomeação de um novo diretor para o Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e das Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA), que está sem liderança há mais de seis meses;
5- Os médicos assintomáticos que regressem de zonas afetadas pelo coronavírus, com transmissão ativa na comunidade, devem avaliar com a respetiva instituição, nomeadamente com os serviços de saúde ocupacional, as medidas a adotar;
6- Os médicos não devem ir a reuniões médicas e científicas, nacionais ou internacionais, que não sejam estritamente essenciais, recomendando a Ordem dos Médicos que as reuniões científicas programadas para o nosso país possam vir a ser adiadas;
7- A Direção-Geral da Saúde deve melhorar toda a informação divulgada e adaptar o seu site para que seja navegável através de smartphones, o meio atualmente mais utilizado quer por profissionais de saúde quer por cidadãos;
8- Divulgação e implementação ampla das normas de proteção dos profissionais de saúde e formas de acompanhamento dos doentes, quer em ambulatório quer em internamento.
A Ordem dos Médicos reitera a sua total confiança na Direção-Geral da Saúde e disponibilidade para colaborar com as autoridades competentes em tudo o que entenderem como necessário, relembrando que criou ainda em janeiro um Gabinete de Crise multidisciplinar para o acompanhamento deste surto.
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