A exposição ‘Debaixo do Seu Nariz’, na Gare Marítima da Rocha de Conde d’Óbidos, em Alcântara, patente até 19 de novembro, tem abertura ao público marcada para dia 14 deste mês.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que concedeu o Alto Patrocínio da Presidência da República à exposição, recebe hoje num encontro informal, uma comitiva da associação Operação Nariz Vermelho (ONV), por não poder marcar presença no evento inaugural, dia 13.

De acordo com Carlota Mascarenhas, porta-voz da ONV, esta exposição que se centra na figura do palhaço pretende abordar a personagem em diferentes facetas, com “vários enfoques” e chegar a diferentes públicos, de diferentes idades.

“Com esta exposição, o que tentámos fazer foi criar várias frentes do contacto com quem segue o nosso trabalho e apoia, e deixar que se relacionassem connosco da forma que lhes faz mais sentido”, explicou, precisando que a exposição se centra numa mostra de arte contemporânea, mas que será acompanhada de outros eventos, como debates sobre o impacto do trabalho dos ‘doutores palhaços’ no setor da saúde, atuações dos palhaços com humoristas nacionais convidados como Pedro Tochas, Maria Reuff ou Ana Bola, e ‘workshops’ para crianças e famílias.

Em 15 anos a ONV chegou a 41 mil crianças em 14 hospitais do país, e pretende até ao final do ano atingir a meta dos “15 anos, 15 hospitais”, disse Carlota Mascarenhas, que acrescentou que o crescimento da presença dos palhaços que trabalham com crianças nos hospitais, com o objetivo de minimizar o impacto dos internamentos, aconteceu sempre de forma gradual, para que os “doutores palhaços” nunca tivessem de sair de hospitais onde tenham chegado.

Os 23 profissionais que desempenham este trabalho já passaram por mais de 80 serviços de internamento de crianças, com características diferentes que exigiram formação específica e uma profissionalização deste trabalho, mas garantiram à ONV “o reconhecimento e credibilidade do setor da saúde”, disse a porta-voz.

Na sombra trabalham para a ONV outros 12 profissionais, os quais asseguram o orçamento anual mínimo de 800 mil euros para manter a operação a funcionar, angariados através de donativos de empresas, mas cada vez mais de particulares.

O peso dos donativos particulares é já de 40% e o objetivo é que em dois anos seja de 50%, ficando a par dos donativos empresariais.