Os casos registados deste tipo de febre hemorrágica – quase tão mortal quanto o ébola – espalharam-se da província de Kié Ntem, onde causou as primeiras mortes em 7 de janeiro, até chegar a Bata, a capital económica.

“O aumento de casos em outras localidades da parte continental do país, como Evinayong e Bata, sugere uma transmissão mais ampla do vírus e exige intensificação dos esforços de resposta para evitar uma epidemia em grande escala e perdas de vidas humanas”, alerta a OMS em comunicado.

"Entre os dias 11 e 20 deste mês, foram confirmados 8 casos, dos quais 6 morreram", disse o governo da Guiné Equatorial no seu site.

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"Até ao momento, existem 20 casos prováveis e 20 mortes", anunciou a OMS.

Os esforços das autoridades para conter o vírus em Kié Ntem foram insuficientes, apesar da assistência da OMS.

O vírus é transmitido aos humanos por morcegos frugívoros e espalha-se em humanos por contacto direto com os fluidos corporais de pessoas infetadas, ou com superfícies e materiais.

A taxa de mortalidade pode chegar aos 88%. Não há vacinas, nem tratamentos aprovados para tratar o vírus.

No entanto, a reidratação oral, ou intravenosa, e o tratamento de sintomas específicos aumentam as hipóteses de sobrevivência.