“Eliminar a malária exige investimentos maciços e a cooperação entre países e regiões é necessária se queremos conseguir mais progressos, para desenvolver novos instrumentos de que o mundo necessita para erradicar a doença”, declarou Alonso no Parlamento Europeu.
O responsável participou num debate sobre “Cobertura de Saúde Universal” na 30.ª assembleia interparlamentar paritária entre os Estados de África, Caribe e Pacífico e a União Europeia, a decorrer esta semana em Bruxelas, no qual apresentou o relatório anual sobre a malária.
O estudo revela que nos últimos anos “se avançou” na luta contra a malária, mas também que “ainda há muito trabalho para fazer”, disse Alonso.
Entre 2000 e 2015, os casos de malária reduziram-se 37% a nível mundial e 42% em África, segundo o relatório da OMS, que adianta que a mortalidade desceu globalmente 60% (66% em África) no mesmo período.
No entanto, mais de 400.000 pessoas morreram devido à doença em 2015, tendo sido registados mais de 200 milhões de casos. Em 2015, pela primeira vez, não foi registado qualquer caso de malária na Europa.
“O fardo desta doença é carregado por África, mas também aqui houve progressos sem paralelo”, sublinhou o responsável, adiantando que o objetivo da OMS é até 2030 reduzir a incidência e mortalidade da malária em 90% nos países em que é endémica e eliminá-la em 35 países.
Para isso é necessário investir, salientou, assinalando que por cada dólar investido na malária se registam benefícios de 14 dólares em geral que sobem para os 16 em África.
Alonso disse ainda que a maioria de mortes por malária “ocorre nos países mais pobres do mundo”, com uma concentração de 35% das mortes na Nigéria e na República Democrática do Congo em 2015.
“A malária é uma demonstração da necessidade de uma cobertura de saúde universal”, afirmou.
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