“Atualmente, no nosso país, temos 17 casos positivos, sendo nove de transmissão local e oito importados”, disse a diretora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, falando durante uma conferência de imprensa de balanço no Ministério da Saúde, em Maputo.
Dos novos casos, um é importado e foi registado em Maputo, enquanto os outros seis são de transmissão local, na sequência de uma investigação sobre as ramificações de um caso de infeção pelo novo coronavírus descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no norte de Moçambique liderado pela francesa Total.
O diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Ilesh Jani, disse que identificou 66 pessoas que tiveram contacto com o primeiro caso de Afungi, dos quais 64 do meio profissional do indivíduo.
“Todos os contactos mapeados estão em quarentena, sendo que 35 estão no acampamento em Afungi e 17 fora do acampamento, em Maputo, Nampula e Pemba, e 14 estão fora do país, na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e no Estados Unidos”, observou Ilesh Jani, acrescentando que para as pessoas que estão fora do país Moçambique notificou a Organização Mundial da Saúde.
O país vive em estado de emergência durante todo o mês de abril, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos, de aglomerações superiores a 20 pessoas e limitações na lotação de transportes.
Durante o mesmo período, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou as 500 nas últimas horas num universo de mais de 10.500 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.
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