A garantia de Carlos Albino surge numa declaração pública por ocasião da assinatura do auto de consignação com a empresa Wikibuild, o que permitirá avançar para a finalização da construção da nova Unidade de Saúde Familiar da Baixa da Banheira.

Em agosto, a Câmara da Moita (PS) tomou posse administrativa da obra do Centro de Saúde da Baixa da Banheira, depois de perceber que os prazos não seriam cumpridos, tendo a empresa da altura deixado apenas 31% da obra realizada.

Esta nova unidade de saúde vai servir cerca de 30.000 utentes e a sua construção começou em janeiro de 2020.

Segundo uma nota da autarquia, o representante da empresa que ficará com a empreitada referiu ter consciência que este é um equipamento importante para a comunidade da Baixa da Banheira.

Para o presidente da Câmara Municipal, Carlos Albino, a assinatura deste auto “é de extrema importância para o município, mas, sobretudo, para a população da Baixa da Banheira, que atualmente se vê confrontada com a necessidade urgente de ter um novo centro de saúde”.

O autarca sublinhou ainda que a nova Unidade de Saúde Familiar irá permitir criar mais interesse para que os médicos se fixem no concelho.

Quanto à conclusão da obra, Carlos Albino disse acreditar que estará terminada até ao final deste ano.

Em dezembro, o ministro da Saúde disse, na Moita, que o Governo iria assegurar o financiamento para a construção do Centro de Saúde da Baixa da Banheira.

Manuel Pizarro classificou a obra como “muito necessária” e destacou a importância de bons equipamentos para atrair novos profissionais de saúde.

“Para atrair os novos profissionais precisamos de ter boas condições de equipamentos porque estas coisas estão todas ligadas. É mais fácil atrair jovens especialistas de medicina geral familiar e outros profissionais para um edifício com melhores condições, substituindo o antigo, que é inadequado”, explicou.

O atual Centro de Saúde da Baixa da Banheira funciona há anos num edifício de habitação com vários andares.

O ministro anunciou também, na altura, que o edifício, depois de desativado enquanto centro de saúde, será reabilitado para um projeto de habitação acessível destinado a profissionais de saúde com o objetivo de fixar recursos humanos no concelho da Moita.

A Comissão de Utentes da Saúde da Baixa da Banheira (CUSBB) tem vindo a alertar para as condições do atual edifício, assim como para a falta de médicos e para as longas filas de espera para a marcação de consultas.

Segundo a CUSBB, faltam nesta unidade 12 médicos e 8 enfermeiros de saúde familiar.