
A colaboração entre a APDP e a Alzheimer Portugal, neste Dia Mundial do Cérebro, visa de acordo com aquelas entidades “sensibilizar a população para a importância da prevenção e a interligação entre diferentes aspetos da saúde, promovendo uma abordagem holística ao bem-estar e à longevidade cognitiva”.
"Sabemos que a diabetes é um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para o declínio cognitivo e a demência. As pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco 60% maior de virem a desenvolver demência, incluindo a Doença de Alzheimer. Por isso, a gestão rigorosa da diabetes não é apenas vital para a saúde metabólica, mas também para a proteção da saúde cerebral a longo prazo", afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP. "Como tal, é imperativo que as pessoas com diabetes, e a população em geral, compreendam a importância de um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada, exercício físico regular e o controlo dos níveis de glicemia, para proteger o seu futuro cognitivo. A prevenção começa hoje", reforça.
“A saúde do cérebro é um pilar fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida, e a prevenção assume um papel crucial”. Quem o afirma é Maria do Rosário Zincke dos Reis, Presidente da Direção Nacional da Alzheimer Portugal, que realça o papel que as associações de doentes têm no aumento da literacia em saúde dos cidadãos e nas sinergias que podem criar em benefício do bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.
“Em geral, é fundamental alertar para a importância da prevenção (e não apenas a intervenção), com a adoção de estilos de vida saudáveis e o controlo de fatores de risco que sejam modificáveis. No que diz respeito à saúde do cérebro, importa adotar três estratégias fulcrais: manter a mente ativa através da realização de atividades intelectuais estimulantes e significativas, praticar atividade física e procurar interações sociais positivas”, remata a presidente da Alzheimer Portugal.
A diabetes, caracterizada por níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, pode danificar os vasos sanguíneos em todo o corpo, incluindo os do cérebro. Este dano vascular pode levar a uma redução do fluxo sanguíneo cerebral, privando as células cerebrais de oxigénio e nutrientes essenciais. Além disso, a resistência à insulina, uma característica comum da diabetes tipo 2, tem sido associada a alterações cerebrais que se assemelham às observadas na Doença de Alzheimer.
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