A notícia é avançada na manchete do Jornal de Notícias desta terça-feira: "Nem 1% dos infetados fizeram registo na app Stayaway Covid", lê-se na capa daquele meio de comunicação.
Mas a informação não é nova. Segundo dados divulgados este mês pela regista Visão, até 12 de novembro existiam apenas 4.946 códigos emitidos pelo SNS24, entre um total de 135.992 novos casos entre 1 de setembro. Assim sendo, só 3,6% das infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2 deram origem a um código que deveria ter sido introduzido pelos pacientes na aplicação para potenciar a funcionalidade da mesma.
Mas desta percentagem, apenas 1.415 pessoas o fizeram, uma vez que se trata de uma ação voluntária, ou seja, do total de novos casos diários entre 1 de setembro e 12 de novembro, menos de 1% foi efetivamente registado na Stayaway Covid.
A Stayaway Covid é uma aplicação móvel de rastreio de contactos com pessoa com diagnóstico de COVID-19, que pretende contribuir para diminuir a propagação da COVID-19. A principal funcionalidade da aplicação é alertar o seu utilizador de exposições a outros utilizadores da aplicação, a quem foi, entretanto, diagnosticada a COVID-19.
A aplicação permite, de forma simples e segura, que cada um de nós seja informado sobre exposições de risco à doença, através da monitorização de contactos recentes. A aplicação é de utilização voluntária e gratuita e, em momento algum, tem acesso à sua identidade ou dados pessoais.
O objetivo principal é contribuir para interromper as cadeias de contágio da COVID-19, através do envio da notificação aos utilizadores da aplicação, com um alerta da exposição a alguém diagnosticado com COVID-19. Ou seja, se um utilizador da aplicação foi diagnosticado com COVID-19, as pessoas com quem se cruzou, durante o período em que pode ocorrer a transmissão do vírus (período de transmissibilidade), serão notificadas através da aplicação.
Esta informação pretende permitir, rápida e atempadamente, avaliar a necessidade de isolamento profilático e iniciar a autovigilância de sinais, mesmo antes de ter qualquer sintoma.
Como funciona?
A aplicação estabelece contacto e, como um radar, recolhe códigos únicos emitidos pelos telemóveis próximos. Aquando da receção de outros códigos, a aplicação verifica se o telemóvel, no qual está instalada, esteve próximo de um determinado telemóvel caso lhe sido fornecido um dos códigos por ele emitido. Permite-se, assim, avaliar se determinada pessoa terá estado em contacto com esse telemóvel e se este contacto representa ou não risco de contágio.
A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 1.460.018 mortos resultantes de mais de 62,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 4.505 pessoas dos 298.061 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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