Os gémeos morreram esta quarta-feira (24/08) vítimas da malformação congénita de que padeciam, avança no Twitter Mohamad Katoub, responsável da LDSPS, uma organização local de apoio aos refugiados sírios.
O siameses sírios nasceram a 23 de julho num hospital de Ghouta, nos arredores de Damasco, capital da Síria. Nawras e Moaz estavam à espera de autorização para serem operados no estrangeiro.
O médico e professor universitário português António Gentil Martins ofereceu-se, publicamente, para operar as crianças, juntamente com a sua equipa, em resposta ao apelo do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Os gémeos nasceram numa das zonas mais devastadas pela guerra civil que assola o país desde março de 2011 e que já fez centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados.
Bebés aguardavam cirurgia
Os bebés estavam num hospital da capital, mas as unidades médicas do país não tinham capacidade para a cirurgia, não só pela falta de meios, como também pela inexistência de uma equipa médica qualificada.
Os gémeos estavam unidos pelo peito e partilhavam os intestinos num abdómen protuberante.
Numa carta aberta divulgada pela Sociedade Médica Sírio-Americana, Mohamad Katoub explicava que o hospital onde os bebés nasceram não estava apetrechado para responder à complexidade do seu tratamento e avisava que os gémeos estavam a "ficar sem opções".
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