O médico e cirurgião português Gentil Martins pede que a operação seja feita em Portugal e que seja encontrado financiamento para cobrir os custos da viagem e da hospitalização, avança o jornal Público.

Num e-mail enviado ao referido jornal, o cirurgião disponibiliza os seus serviços: "Tendo já separado nove pares de gémeos siameses, experiência certamente invulgar, ofereço a minha equipa para realizar a separação (obviamente sem custos pessoais)".

O período de avaliação, operação e recuperação (pós-operatório) leva, em média, pelo menos três semanas e os custos são elevados.

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Os gémeos Nawras e Moaz nasceram em Ghouta, perto de Damasco, na Síria, uma das zonas mais devastadas pela guerra civil que assola o país desde março de 2011.

Os bebés estão num hospital da capital, mas as unidades médicas do país não têm capacidade para a cirurgia, não só pela falta de meios, como também pela inexistência de uma equipa qualificada.

Os gémeos estão unidos no peito e partilham os intestinos num abdómen protuberante, mas têm dois corações normais.

Numa carta aberta divulgada pela Sociedade Médica Sírio-Americana, o médico Mohamad Katoub explica que o hospital onde os bebés nasceram não está apetrechado para responder à complexidade do seu tratamento e avisa que os gémeos estão a "ficar sem opções".