Esta imagem (à esquerda) faz parte de um vídeo (em baixo) registado pela Aleppo Media Center (AMC), depois de mais um bombardeamento aéreo em Alepo, norte da Síria, na quarta-feira à noite (17/08).
Um menino de cinco anos, ferido e totalmente empoeirado, é levado para o interior de uma ambulância onde aguarda pacientemente por tratamento médico.
Escapou com escoriações no rosto e testa a algo que já se tornou uma normalidade na Síria: um ataque aéreo.
Omran Daqneesh não diz nada. Não geme, nem sequer chora. Espera que a ambulância seja carregada com outras pessoas que, tal como ele, sobreviveram ao ataque.
Entretanto, o correspondente do Telegraph em Jerusalém, Raf Sanchez, partilhou no Twitter uma imagem (em baixo) de Omran Daqneesh após ter alta hospitalar. O que se vê é um rosto sem expressão.
A imagem foi recolhida e enviada ao jornalista pelo médico que tratou a criança, escreve o repórter na rede de microblogging.
Este é o dia a dia da Síria, um país em guerra constante desde março de 2011.
O conflito provocou mais de 400 mil mortos e as Nações Unidas estimam que o número de refugiados e deslocados sírios já tenha ultrapassado os 12 milhões.
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