"A saúde é um direito, sem ela nada feito", "O povo merece o SNS" ou "Pizarro, escuta, os médicos estão em luta" são algumas das palavras de ordem que ouvia quem passasse junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, ao início da tarde.
A concentração foi organizada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) no primeiro de dois dias de greve contra a proposta do Governo de valorização da carreira, apresentada aos sindicatos na semana passada, no âmbito das negociações que se iniciaram ainda em 2022, e que a presidente da Federação considerou "totalmente inaceitável".
Em alternativa, a FNAM vai entregar hoje à tutela uma contraproposta em que reivindica aumentos que compensem a perda de poder de compra dos médicos na última década, um horário semanal de 35 horas, a reposição das 12 horas em serviço de urgência e do regime majorado da dedicação exclusiva e a integração dos internos no primeiro grau da carreia.
"Com as suas propostas, doentes vão continuar a ser vistos por médicos exaustos, em 'burnout'", afirmou a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, ao megafone, dirigindo-se aos colegas, mas numa mensagem para o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
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