
Os dados fazem parte do Inquérito Nacional de Saúde 2014, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que visa caracterizar a população residente com 15 ou mais anos em três “grandes domínios”: estado de saúde, cuidados de saúde e determinantes de saúde relacionadas com estilos de vida.
Em 2014, 52,8% da população com 18 ou mais anos tinha excesso de peso (50,9% há uma década), refere o INE, sublinhando que “o aumento da obesidade foi o mais expressivo, tendo afetado principalmente as mulheres.
Por grupo etário, o estudo verificou que a obesidade atingia, com maior grau de importância, a população com idades entre 45 e 74 anos (com proporções superiores à média do país), enquanto o excesso de peso de grau II era observado sobretudo na população entre 65 e 74 anos.
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Mais doenças crónicas
Outro dado observado no estudo foi o acréscimo do número de pessoas com doenças crónicas, destacando-se o aumento da percentagem de pessoas que referiram sofrer de problemas renais, que passou de 1,8% para 4,6% em dez anos.
Já um terço da população com 15 ou mais anos referiu ter dores lombares crónicas, a doença crónica referida com maior frequência pelos portugueses em 2014.
Foram também elevadas as proporções de pessoas que referiram ter hipertensão arterial (25,3%), dores cervicais ou outros problemas crónicas no pescoço e artrose (24,1% nos dois casos).
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Comparativamente aos homens, as mulheres são significativamente mais afetadas por artroses (31,7% face a 15,4% para os homens), por dores cervicais ou outros problemas crónicos no pescoço (31,6% mulheres, contra 15,5% dos homens) ou por dores lombares ou outros problemas crónicos nas costas (39,7% contra 25,2%).
O Inquérito Nacional de Saúde revela também que mais de um terço da população com 50 e mais anos (35,1%) disse ter feito uma colonoscopia nos 10 anos anteriores à entrevista do INE.
O estudo constatou que as percentagens da realização destes exames nos Açores (22,6%) e na Madeira (19,3%) são bastante inferiores à média nacional.
“Independentemente da região, a proporção de homens que foi submetida a este ato complementar de diagnóstico e terapêutica foi sempre superior à de mulheres”, observa o relatório.
Os dados revelam ainda que quase 85% das mulheres, com idades entre 50 e 69 anos, disseram ter realizado uma mamografia nos últimos dois anos, o que comparado com o valor de 2005/2006 (52,2%) representa um aumento de 32 pontos percentuais (p.p).
Também neste caso os valores observados nos Açores (77,6%) e na Madeira (70,4%) foram, em 2014, inferiores à média nacional, mas com aumentos de 46,4 p.p. e de 33,8 p.p., respetivamente, nos últimos dez anos.
Quanto à vacina da gripe, quase metade da população idosa disse que a tomou no ano anterior à entrevista, um ato que também foi mais reduzido na Madeira (40%) e nos Açores (43,2%) face à média do país (47,2%).
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