Enxaquecas, alterações de humor, aumento de peso e desmaios diários conduziram ao diagnóstico, que embora tardio, trouxe uma justificação para vários anos de sofrimento.

Keeley Witham sofria de menopausa precoce desde os 13, mas só aos 16 anos obteve um dignóstico conclusivo.

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"Eu ainda nem sequer tinha a menstruação e todos os meus outros sintomas permaneciam. O meu médico chegou a sugerir que eu pudesse estar grávida", recorda a mulher hoje com 30 anos. "Eu jurava à minha mãe que era virgem. Quando tinha 14 anos, fui obrigada a fazer nove testes de gravidez", acrescenta.

A falência ovárica prematura, também conhecida como menopausa precoce, corresponde à perda de função ovárica em mulheres com menos de 40 anos e caracteriza-se pela ausência de menstruação e baixo nível de estrogénio no sangue.

Estima-se que mais de 40% dos casos possam ser atribuídos a causas genéticas e cerca de 20 a 30% a processos relacionados com autoimunidade.

Os sintomas mais comuns

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Além da infertilidade associada à falência ovárica prematura, os sintomas comuns incluem afrontamentos, que ocorrem em 75% dos casos, suores noturnos, atrofia vaginal, alteração da função urinária, disfunção sexual e perturbações do sono.

Embora a perturbação afete apenas 1% da população feminina com menos de 40 anos, tem um impacto muito significativo na sua saúde e bem-estar.

Após anos de angústia por não saber o que se passava, Keeley Witham foi informada pelos clínicos de que estava a passar por uma menopausa precoce, provavelmente desde os 11 anos quando teve a primeira menstruação.

O diagnóstico chegou acompanhado de uma outra má notícia: a britânica teria muitas dificuldades em engravidar, uma vez que com o início da menopausa os seus ovários tinham deixado de produzir estrogénio, logo seria incapaz de produzir ovócitos que pudessem ser fertilizados por um espermatozóide.

No entanto, Keeley Witham está atualmente grávida de cinco meses depois de se ter submetido a uma fertilização in vitro com um óvulo doado.