O projeto, divulgado hoje na revista Science Translational Medicine, usa próteses que estimulam nervos no que resta da perna, e permitiu a três pacientes amputados acima do joelho desempenhar melhor tarefas como subir escadas e contornar obstáculos.

As próteses foram criadas por um consórcio europeu baseado no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, em colaboração com instituições sérvias.

10 partes do corpo sem as quais podemos viver
10 partes do corpo sem as quais podemos viver
Ver artigo

“Mostrámos que não é preciso tanto esforço mental para controlar a perna biónica porque o amputado sente que a prótese faz parte do seu próprio corpo”, afirmou o investigador Stanisha Raspopovic.

Como tinham sensação transmitida por elétrodos aplicados no coto, isso libertou os participantes nos testes de terem que olhar para onde estavam a colocar a prótese, permitindo-lhes até recuperar de situações em que estavam a cair.

“Imagens cerebrais e testes psicofísicos confirmaram que o cérebro é menos solicitado com a perna biónica, libertando mais capacidade mental para completar as várias tarefas com sucesso”, afirmam os investigadores.

50 segredos surpreendentes sobre o corpo humano
50 segredos surpreendentes sobre o corpo humano
Ver artigo

A tecnologia usada imita os estímulos elétricos que o sistema nervoso teria recebido se a perna estivesse intacta.

O protótipo tem sete sensores na sola do pé artificial e um codificador no joelho que deteta o ângulo de flexão do pé da prótese, baseando-se nos sinais emitidos pelos sensores.

Os estímulos passam por um algoritmo que transmite os sinais através de elétrodos em contacto com os nervos, especificamente, o nervo tibial, até chegar ao cérebro.

O protótipo ainda não chegou ao mercado, mas a equipa considera que poderá estar disponível em breve, apostando num período experimental maior e com mais voluntários.