"Os resultados da atividade assistencial são muito positivos. Tivemos um aumento generalizado de cirurgias, consultas externas e até do número de doentes internados", afirmou hoje à agência Lusa a presidente do conselho de administração do HESE, Filomena Mendes.
Segundo o HESE, desde o início do ano e até ao final do mês de outubro, a unidade hospitalar alentejana registou "um aumento de 25% na realização de intervenções cirúrgicas", face ao mesmo período do ano passado.
Ao todo, na área cirúrgica, foram realizadas no HESE, nos primeiros 10 meses deste ano, 15.740 intervenções, mais 3.161 do que até final de outubro de 2018, quando tinham sido efetuadas 12.579 cirurgias.
De acordo com os dados disponibilizados pelo hospital, em termos de cirurgias, as programadas são as que apresentam maior aumento, com uma subida de 28%, o que se reflete na diminuição das listas de espera dos doentes que estavam inscritos, na ordem dos 19%.
Quanto às consultas externas, no mesmo período comparativo, o HESE fez mais 7% de primeiras consultas e 4,5% das subsequentes, tendo registado um aumento de 14% de consultas realizadas em tempo adequado e uma redução de 24% da lista de espera.
A responsável do HESE precisou à Lusa que foram efetuadas, no total, "cerca de 164 mil consultas", nos primeiros 10 meses deste ano, adiantando que, em comparação com o mesmo período de 2018, "o aumento foi de oito mil consultas".
"Estes resultados são transversais praticamente a todas as especialidades, quer na área da consulta, quer na das intervenções cirúrgicas", notou.
Relativamente ao internamento, registou-se uma subida de 8% do número de doentes, acrescentou ainda Filomena Mendes, admitindo que, apesar de existir "uma significativa melhoria", a administração "ainda não está completamente satisfeita", porque "algumas áreas de especialidade ainda não alcançaram estes resultados".
Como exemplo, a responsável indicou a cirurgia da obesidade, mas disse que o HESE fez este ano "o dobro das intervenções" do que no mesmo período do ano passado e "reduziu imenso o tempo de espera".
A presidente do conselho de administração do HESE atribuiu o aumento da atividade à "estabilidade" de algumas equipas, em particular na especialidade de anestesiologia, e ao esforço dos profissionais no horário normal de trabalho e em horas extraordinárias.
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