O IPO Porto é acusado pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS) de falta de humanidade no acompanhamento de doentes em estado terminal. A notícia é avançada esta terça-feira pela TSF.

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A acusação é feita na sequência de uma queixa feita por uma mulher informada pelos médicos de que a mãe teria 24 horas de vida, mas que foi impedida de passar a noite no quarto da progenitora. Em causa está o Regulamento de Visitas e Acompanhantes que tem regras em "total desrespeito pela legislação em vigor".

O caso aconteceu no início de 2017. A mulher foi posta na rua, com ameaça de recurso à equipa de seguranças, só voltando a ser autorizada a entrar de novo no quarto da mãe às 10h50 do dia seguinte, ou seja, 01h50 depois do início do horário de visitas.

Na altura, o Regulamento de Visitas e Acompanhantes do IPO Porto, datado de 2012, estaria fora de prazo já que a lei de 2014 sobre direitos e deveres do utente prevê que os familiares próximos tenham direito a permanecer, de "dia e de noite", ao lado de doentes incuráveis em estado avançado e no final da vida.

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Segundo a referida rádio, a ERS considerou a "situação particularmente grave e censurável quando se tratava de uma utente num situação francamente débil: idosa, com patologia oncológica em estado muito avançado e em risco de vida, conforme se veio a verificar pela morte da utente poucos dias depois".

A deliberação da ERS falar numa "particular e surpreendente falta de sensibilidade e cuidado" e "estranha que alguém possa entender que a uma filha que, tendo a mãe em estado muito débil, não faça grande diferença, e já depois de lhe ser negado o direito de acompanhamento, estar mais 1 hora e 50 minutos sem poder fazer companhia à sua mãe".