
A hormona chama-se FGF21 e, segundo a investigação, as pessoas com variantes genéticas particulares na hormona estão 20% mais predispostas para consumir doces do que as pessoas sem essas mutações.
A equipa de cientistas analisou dados de um estudo sobre estilos de vida e saúde metabólica de 6.500 dinamarqueses, que incluía respostas sobre hábitos alimentares e níveis de colesterol e glicose no sangue, e sequenciou os marcadores genéticos da hormona dos participantes.
Os investigadores concluíram que as pessoas com uma das duas variantes genéticas da hormona associadas ao aumento do consumo de hidratos de carbono estavam mais predispostas a ingerir maiores quantidades de doces.
"Estas variantes estão muito associadas ao consumo de doces", frisou um dos coordenadores da investigação, Matthew Gillum, citado num comunicado da Cell Press, editora de revistas biomédicas como a Cell Metabolism, que publica hoje os resultados do trabalho da Universidade de Copenhaga.
O consumo excessivo de açúcar está associado a várias doenças como diabetes, obesidade e cancro.
Segundo o último Inquérito Alimentar Nacional, divulgado em março, os portugueses consomem em média 90 gramas de açúcar por dia, quando a média diária recomendada é de apenas 50 gramas. É quase o dobro. Além dos bolos e bolachas, os refrigerantes são uma das principais fontes desse açúcar, com o seu consumo a ser mais incidente nos jovens — 40% dos adolescentes portugueses consomem mais de um refrigerante ou sumo por dia.
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