"Os exames à próstata mexem com a masculinidade de muitos homens que acabam por se sentir violentados mas não há razão para isso. Quer o toque retal quer a ecografia prostática não são agressivos. As sondas transretais são delicadas e quanto mais descontraídos os pacientes estiverem mais fácil e rápido é o exame", revela o médico urologista Matos Pereira.

O especialista aconselha que os homens ignorem o desconforto psicológico que este tipo de exames pode causar e a ter em mente a importância do diagnóstico precoce da doença: "Claro que depende do tipo de cancro, pois há tumores que mesmo detetados precocemente são de tal modo agressivos que acabam por ter desfechos trágicos", explica o especialista.

"Mas a maior parte deles, bem ou moderadamente diferenciados, quando descobertos numa fase inicial, têm uma probabilidade elevadíssima de cura, seja através de cirurgia, de radioterapia externa ou interna ou braquiterapia (implantação de sementes radioativas) e é isto que é preciso reter", alerta o urologista do Hospital Lusíadas Lisboa.

A partir dos 45 anos

“Existem métodos de diagnóstico precoce muito rigorosos, pelo que é essencial que, a partir dos 45 anos, todos os homens façam uma consulta de rotina anual, se não houver história familiar de cancro na próstata. Se houver, é importante começar uma vigilância mais cedo, por volta dos 40 anos, uma vez que ao ter lugar numa zona periférica, não traz quaisquer sintomas até uma fase muito avançada e, além disso, aumenta exponencialmente com a idade", conclui o médico.

Em Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais frequente no homem e mata todos os anos 1800 pessoas.

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