Segundo dados do estudo Rheuma SPACE divulgados esta terça-feira (29/11), os oito maiores serviços de reumatologia portugueses servem uma população de quase seis milhões de pessoas e são compostos por 80 reumatologistas, 20 internos e 30 enfermeiros, que em conjunto produziram mais de 105 mil consultas num só ano (tendo como referência o ano de 2014).

Além de especialistas de reumatologia, o estudo demonstrou que faltam também enfermeiros exclusivamente alocados à especialidade, segundo os coordenadores do projeto da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

Outra das conclusões exibe áreas do país “muito carenciadas na oferta de prestação de cuidados adequados a doentes reumáticos”, sobretudo tendo em consideração que cerca de metade da população portuguesa sofre de pelo menos uma doença reumática.

Sul do país em pior situação

O Alentejo é a área do país com maior carência, não estando coberta por serviços de reumatologia, sendo os doentes referenciados para outras unidades do país, segundo disse à agência Lusa Carla Macieira, uma das responsáveis pelo Rheuma Space. O Algarve dispõe de apenas um serviço de reumatologia, em Faro, com um número muito reduzido de profissionais, segundo a mesma médica.

Alguns centros hospitalares de grande dimensão também não dispõem de serviços de reumatologia, como o Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), o Centro Hospitalar de Lisboa Central, o Hospital de Cascais, o Centro Hospitalar do Porto ou o Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães.

No entanto, no local onde há serviços de reumatologia, 80% dos doentes reumáticos estão satisfeitos com o atendimento prestado, emborrem mostrem preocupação com as condições físicas dos serviços (gabinetes e salas de espera).

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