"Este reforço financeiro permitirá que as entidades hospitalares terminem o ano de 2022, pela primeira vez, sem stock de pagamentos em atraso, um resultado histórico no caminho de consolidação orçamental do SNS, que entrará no novo ano também com o maior orçamento de sempre", informa o Ministério da Saúde em comunicado.

"A injeção de verbas foi aprovada esta semana em despacho conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde, reconhecendo-se que, durante o presente ano, a resposta à covid-19 ainda representou uma pressão orçamental acrescida sobre o SNS", lê-se na nota.

"Os hospitais vão receber cerca de 1 022 milhões de euros, o que permitirá liquidar a totalidade de pagamentos em atraso acumulados a fornecedores externos (dívida vencida há mais de 90 dias)", acrescenta.

"Até aqui, 2021 tinha sido o ano com melhor resultado na gestão de pagamentos, tendo terminado ainda assim com um stock de cerca de 110 milhões de euros de pagamentos em atraso, que este ano será possível liquidar na íntegra", refere.

"Esta operação insere-se na trajetória, em curso desde 2015, de contínuo reforço orçamental do Serviço Nacional de Saúde, com um novo máximo histórico em 2023 traduzindo um reforço de 1,2 mil milhões de euros, e de reversão de um ciclo de endividamento crónico", lê-se ainda.

"A injeção efetuada visa também contribuir, de modo decisivo, para uma gestão eficaz e programada dos pagamentos, promovendo uma maior eficiência na utilização dos recursos públicos e assegurando melhores condições de liquidez, gestão e responsabilidade orçamental para as instituições do SNS", conclui.