Diretores de escolas consideram que medidas previstas pelo Governo que apontam para o encerramento de espaços comuns das escolas só poderão ser aplicadas se os estabelecimentos de ensino encerrarem. A notícia é avançada hoje pelo jornal Público.

As medidas constam dos planos de contingência do Governo para responder ao surto do coronavírus COVID-19. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Segundo aquele jornal, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) considera que os planos de contingência pecam "por tardios".

O funcionamento de bares, cantinas, refeitórios e outros espaços de utilização comum das escolas e de todas as outras entidades da administração pública pode ser suspenso no caso de se considerar que esta medida possa impedir a propagação do COVID-19.

A Direção-Geral da Saúde elevou ontem para quatro o número de casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal.

Em comunicado, a DGS indica que foram confirmados na terça-feira mais dois casos positivos, um deles um homem de 60 anos no Hospital de S. João, no Porto, com "ligação a caso confirmado" para o novo coronavírus que causa a doença Covid-19.

O segundo caso de infeção em Portugal hoje reportado é o de um homem de 37 anos no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, igualmente com "ligação a caso confirmado" para o novo coronavírus.

Na segunda-feira, a DGS confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.

Os hospitais Curry Cabral, em Lisboa, e de S. João e Santo António, no Porto, onde estão internados os quatro homens, são unidades de referência indicadas pela DGS para a fase de contenção da propagação do novo coronavírus.

Há um tripulante português de um navio de cruzeiros que está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo as autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde declarou a epidemia de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e o risco de contágio "muito elevado".