Um novo estudo explica que o aumento de atividade na amígdalas cerebelosas podem explicar porque motivo o stress aumenta o risco de doenças cardiovasculares como o ataque cardíaco.

Depois de analisarem 300 pessoas, os cientistas observaram que os indivíduos que apresentavam mais atividade na amígdala cerebelosa – uma zona dos lóbulos temporais que se acredita regular as emoções, ansiedade, o prazer e o stress – tinham mais hipóteses de desenvolver doenças cardiovasculares.

O estudo revela que a amígdala envia sinais à medula óssea para produzir mais glóbulos brancos, que, por sua vez, causam inflamações nas artérias, possibilitando a ocorrência de ataques cardíacos ou apoplexias. Assim, quando se está numa situação de stress, essa parte profunda do cérebro pode desencadear problemas cardiovasculares. Os especialistas, porém, alertam que é necessário realizar mais estudos para corroborar a hipótese.

Mais stress, mais processos inflamatórios

Para chegar a esta conclusão os cientistas avaliaram dois estudos. O primeiro baseava-se na análise do cérebro, medula óssea, baço e artérias de 293 pacientes durante quatro anos. Exatamente 22 pacientes, os que tinham mais atividade na amígdala cerebelosa, sofreram "eventos cardiovasculares", como ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, acidentes cardiovasculares e o estreitamento de artérias.

O segundo estudo, que avaliou 13 pacientes, debruçou-se sobre a relação entre o stress e as inflamações no corpo. Neste caso, os cientistas constataram que os indivíduos com mais stress tinham também mais atividade na amígdala e mais inflamações no sangue e artérias.

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