12 de fevereiro de 2013 - 14h13
Cientistas canadianos desenvolveram um novo exame de sangue que consegue detetar o risco de cancro da próstata, já que o teste mede a circulação de micropartículas do tumor, tornando-se 90% eficaz na identificação de pacientes com a doença.
Milhares de homens são obrigados a fazer uma biópsia à próstata depois de lhes ser detetado níveis elevados de Antígeno Prostático Específico, uma enzima usada como marcador tumoral. Mas estudos recentes têm mostrado que três em cada quatro dessas biópsias são desnecessárias ou nocivas, desencadeando cerca de 165.000 procedimentos e hospitalizações desnecessários todos os anos, no Canadá.
Hon Leong, da Schulich School of Medicine and Dentistry, no Canadá, desenvolveu um exame evasivo e de baixo custo, permitindo uma margem temporal mais alargada para que os especialistas médicos se concentrem no tratamento de doentes com alto risco de cancro na próstata antes que a doença atinja os ossos e gânglios linfáticos. 
“O Antígeno Prostático Específico procura proteínas expelidas não só por células normais mas também por células cancerígenas. Se se tiver níveis muito elevados nesse exame isso não significa necessariamente que se tem cancro, mas que há qualquer coisa de anormal com a próstata”, comenta o investigador, cita a Western News. “O que este novo teste faz é procurar apenas fragmentos do tumor da próstata no sangue”, assinalou.
Hon Leong e a sua equipa testaram o novo exame em 50 pessoas, entre portadores de cancro da próstata e pessoas saudáveis. No final, o exame foi 90% preciso na identificação de pacientes com cancro na próstata. Não houve falsos positivos detetados.
Serão precisos mais testes para que o exame seja implementado, mas até lá Hon Leong sublinha que é preciso manter os procedimentos normais. O especialista deseja ainda desenvolver um mecanismo semelhante para a deteção de cancro nos ovários e pâncreas.
SAPO Saúde