18 de fevereiro de 2014 - 10h48
Praticar exercícios regularmente e evitar viver sozinho permite viver mais e melhor, garantem investigadores norte-americanos.
"Sentir-se extremamente sozinho pode aumentar em 14% o risco de morte precoce numa pessoa idosa. O impacto é tão nefasto quanto o facto de ser socialmente desfavorecido", diz John Cacioppo, professor de Psicologia na Universidade de Chicago, citando uma análise de vários estudos científicos publicada em 2010.
Esses trabalhos, feitos com base numa pesquisa com 20 mil pessoas, revelam que a sensação de solidão profunda está acompanhada de perturbações do sono, hipertensão arterial, alteração do sistema imunitário e um aumento dos estados depressivos.
A decisão de muitos aposentados americanos em mudar-se para a Flórida, onde o custo de vida é mais baixo, "não é necessariamente uma boa ideia, se isto significa o afastamento das pessoas às quais se está ligado afetivamente", adverte o psicólogo, que apresentou neste domingo os seus trabalhos durante a conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, celebrada em Chicago no Illinois.
Com frequência, a solidão é acompanhada de uma vida sedentária, um fator que contribui para debilitar a saúde, acrescenta.
O exercício, mesmo que seja caminhar regularmente com algum ritmo, pode diminuir em metade os riscos de doenças cardiovasculares e de desenvolver estados de demência, como a Doença de Alzheimer.
A atividade física também detém o envelhecimento normal do cérebro em pessoas idosas, explicou à AFP durante a conferência Kirk Erickson, professor de Psicologia da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia.
Com a idade, o cérebro diminui e a atividade física permite melhorar o funcionamento geral e aumentar o volume do hipocampo em 2%, retardando, com isso, o envelhecimento, afirma Erickson, baseando-se principalmente em um estudo feito com 120 pessoas de 65 anos ou mais.
SAPO Saúde com AFP