As manifestações contra medidas restritivas destinadas a travar contágios de covid-19 espalharam-se por várias cidades da China durante o fim de semana e as autoridades aliviaram algumas regras ontem, mas sem sinais de recuar na sua estratégia.

Com a forte presença policial em vigor, não houve notícias de protestos em Pequim ou Xangai ontem, mas cerca de 50 estudantes entoaram cânticos na universidade de Hong Kong numa demonstração de apoio aos que se manifestaram na China continental contra as restrições, que confinaram milhões de pessoas às suas casas.

Escondendo os rostos para evitar represálias, os estudantes entoaram: “Não aos testes PCR, sim à liberdade”, e “oponham-se à ditadura, não sejam escravos”.

Os seguranças da universidade filmaram o evento, mas não havia sinal da polícia.

Esta manifestação e uma outra, noutro local de Hong Kong, foram os maiores protestos ocorridos em mais de um ano no território, sob regras estritas impostas para travar o movimento pró-democracia em 2019.

“Há muito tempo que queria falar, mas não tive oportunidade”, disse James Cai, um jovem de 29 anos de Xangai que participou num dos protestos em Hong Kong.

Erguia um pedaço de papel branco, um símbolo de desafio à censura generalizada do partido no poder. “Se as pessoas no continente não podem tolerar mais, então eu não posso também”, disse.

A polícia isolou uma área em torno de manifestantes que se mantinham em pequenos grupos separados para evitar violar as regras da pandemia, que impedem ajuntamentos de mais de 12 pessoas.

A polícia recolheu informação sobre a identidade dos participantes, mas não houve detenções.

Hong Kong tem apertado os controlos de segurança desde que a China lançou uma campanha em 2019 para esmagar um movimento pró-democracia. O território tem a sua própria estratégia antivírus que é diferente da do território continental.

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