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O colangiocarcinoma afeta duas em cada 100 mil pessoas
29 de janeiro de 2013 - 16h23
Uma investigação do Hospital Clínic de Barcelona abriu caminho ao desenvolvimento de um tratamento farmacológico eficaz para o cancro do fígado mais agressivo, o colangiocarcinoma, que só pode ser operado em 30 por cento dos casos.
O líder da investigação, e catedrático de medicina no Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, Josep Maria Llovet, assinalou que o estudo permitiu identificar duas variantes do colangiocarcinoma, abrindo caminho à possibilidade de, no período de oito anos, serem desenvolvidos medicamentos específicos para cada classe do tumor, informou hoje a agência noticiosa espanhola EFE.
Atualmente, os dois tipos de tumor têm o mesmo tratamento: no estádio inicial da doença é possível operar, embora o risco de reincidência seja de cerca de 60 por cento, com uma sobrevivência de dois a cinco anos, e, nos restantes casos (à volta de 70 por cento), recorre-se à quimioterapia, com uma sobrevivência média de 12 meses.
A investigação servirá para desenvolver o tratamento de uma doença cuja incidência duplicou nos últimos 10 anos.
O aumento deste tipo de cancro deve-se ao crescimento da ocorrência dos fatores que o provocam, como a cirrose, que multiplica por 20 as possibilidades de ter um colangiocarcinoma, a hepatite B e C, que aumenta a probabilidade cinco vezes, e o alcoolismo, que a multiplica por dois.
O colangiocarcinoma afeta duas em cada 100.000 pessoas e mais os homens do que as mulheres (por cada 100 mulheres existem 150 homens com este tipo de cancro).
Lusa
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