O país deixa de seguir todos os casos positivos de covid-19 para se concentrar apenas em casos graves e num contexto vulnerável, uma nova fase em que o isolamento de pessoas com ou sem sintomas ligeiros, testes e rastreios generalizados terminam.
A nova “estratégia de vigilância e controlo da covid-19 após a fase aguda da pandemia”, aprovada na passada terça-feira pela Comissão de Saúde Pública, é mais um passo, segundo as autoridades espanholas, para a normalização da doença, o que implica “aceitar um certo nível de transmissão” entre as pessoas vacinadas, jovens e saudáveis e concentrar-se apenas nas pessoas mais frágeis.
O Governo espanhol já tinha indicado em janeiro passado a sua intenção de deixar de tratar a covid-19 como uma pandemia e passar a considerá-la como uma doença endémica, cujo controlo epidemiológico se assemelhará ao da gripe.
Sendo um dos países mais atingidos pela primeira vaga da pandemia, tendo aplicado medidas rigorosas de combate à mesma desde março de 2020, Madrid justifica a mudança de estratégia por ter atualmente uma taxa de imunidade da população muito elevada e uma incidência baixa.
Além de levantar a exigência de isolamento para casos assintomáticos e leves e casos de contacto, o Governo vai também acabar com os testes de rotina para todos os casos suspeitos ou de contacto, para os limitar a indivíduos em risco (mais de 60 anos, imunodeprimidos e grávidas), pessoal de saúde e casos graves.
No entanto, os casos ligeiros de covid-19 devem ser acompanhados com “cautela”, continuando a ser utilizadas as máscaras, que ainda são obrigatórias no interior, e limitando os seus contactos com pessoas de risco.
O Ministério da Saúde deixou há duas semanas de publicar diariamente o número de casos e mortes associadas à covid-19 e agora só fornece esses dados duas vezes por semana.
A Espanha tem uma das taxas de vacinação mais elevadas do mundo, com 92,4% das pessoas com mais de 12 anos totalmente vacinados.
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