Este vírus fortemente suspeito de provocar malformações congénitas irreversíveis nos recém-nascidos representa “um desafio formidável”, declarou Chan, no final da sua deslocação ao Brasil, epicentro da epidemia.

“Estamos a trabalhar com um vírus complicado, cheio de incertezas, pelo que devemos estar preparados para surpresas”, acrescentou Chan.

Destacou que este vírus transmitido pela picadela de mosquitos, designadamente o ‘Aedes aegypti’, permanece “misterioso”.

Leia também: 10 cuidados básicos ao viajar para países com Zika

No início de fevereiro, a OMS elevou esta epidemia ao estatuto de “urgência de saúde pública de dimensão internacional”.

Os cientistas vão saber dentro de algumas semanas se o vírus Zika é uma causa da microcefalia e da síndrome Guillain-Barré, que designa uma doença neurológica, que provocar uma paralisia irreversível ou a morte.

Mas os ensaios clínicos em grande escala de vacinas só devem começar dentro de 18 meses, na melhor das hipóteses, preveniu recentemente a organização.

Quase 70 anos depois da descoberta do vírus Zika num macaco no Uganda, ainda não existe vacina, nem tratamento específico ou teste de diagnóstico rápido.

Leia tambémA microcefalia faz parte da vida deles há 14 anos