O ministro da Saúde, Paulo Macedo, já tinha anunciado o acordo na tarde de terça-feira e que consiste no essencial na equiparação de salários entre os profissionais com contrato individual de trabalho e os que estão em funções públicas.

José Carlos Martins, presidente do SEP, disse à Lusa, após uma reunião com o Governo, que no entanto não foram alcançados acordos sobre outras reivindicações, como a das 35 horas semanais ou da valorização económica do trabalho dos enfermeiros.

O SEP (e o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira) exigia nomeadamente a alteração da grelha salarial e a criação de um suplemento para enfermeiros especialistas.

Ainda assim, esclareceu o responsável, o acordo alcançado com o Governo foi o suficiente para suspender as próximas greves, estando a desconvocação da greve no hospital de Santarém dependente de uma reunião com a administração.

José Carlos Martins disse à Lusa que não ficaram agendadas novas reuniões sobre estas matérias, que os sindicatos saíram “parcialmente satisfeitos” e que o descontentamento dos enfermeiros continua, nomeadamente na questão das 35 horas.

De acordo com o ministro da Saúde a harmonização agora acordada implica a revisão dos vencimentos de 11 mil enfermeiros já a partir do próximo mê e tem um custo de cerca de 11 milhões de euros.