O profissional de saúde trabalhava principalmente nas salas de emergência de um hospital de Munique para onde os pacientes eram transferidos após uma operação.

Ele foi considerado culpado de injetar coquetéis de medicamentos sem receita em vários pacientes. Dois deles, de 80 e 87 anos, morreram após ficarem em coma por vários dias devido às injeções.

Segundo o tribunal, ele também foi considerado culpado por outras seis tentativas de homicídio.

Um auxiliar de enfermagem alertou a direção do hospital ao notar o agravamento repentino do estado de saúde dos pacientes. Os exames de sangue mostraram que eles receberam uma overdose de medicamentos que não tinham sido prescritos.

O enfermeiro teria agido assim para ficar "tranquilo". Além disso, ele costumava ficar embriagado durante o horário de trabalho ou indisposto após ter ingerido álcool no dia anterior.

"Como eu estava bebedo, só tinha uma opção: silenciá-los", explicou o homem durante a audiência, informou o semanário Der Spiegel.

Nos últimos anos, casos semelhantes ocorreram na Alemanha. Em 2019, Niels Högel, ex-enfermeiro com transtorno de personalidade narcisista, segundo psiquiatras, foi condenado a prisão perpétua pelo assassinato de pelo menos 85 pacientes na Baixa Saxónia, no noroeste.