29 de março de 2014 - 17h57
Homens com disfunção erétil podem melhorar as capacidades sexuais se tomarem medicamentos para baixar o colesterol, segundo um estudo divulgado hoje.
No estudo, apresentado numa conferência da Sociedade Americana de Cardiologia, os especialistas fizeram uma análise de dados de 11 trabalhos sobre a disfunção erétil e as estatinas (inibidores do colesterol), no âmbito dos quais homens responderam a um questionário sobre a capacidade sexual, numa escala de cinco pontos.
Entre os homens que tinham colesterol alto e disfunção erétil, e que tomavam estatinas, houve um aumento significativo na função erétil, de 24,3 por cento de acordo com as autoavaliações.
“O aumento das taxas de função erétil através das estatinas variou entre um terço e metade do que tem sido relatado com drogas como Viagra, Cialis ou Levitra”, disse John Kostis, diretor do Instituto Cardiovascular e reitor adjunto de pesquisa cardiovascular na escola médica Robert Wood Johnson.
O responsável adiantou que o efeito relatado foi maior do que o efeito de uma mudança de estilo de vida.
Os medicamentos podem ajudar na disfunção erétil ao dilatar os vasos sanguíneos e aumentar o fluxo de sangue ao pénis. Embora as estatinas não sejam recomendadas como tratamento primário da disfunção erétil, em pacientes com colesterol elevado o benefício adicional pode encorajar mais homens com colesterol a tomar os medicamentos.
No entanto, lembrou o especialista, as estatinas podem ser “uma faca de dois gumes”, já que em outras pesquisas já feitas e divulgadas se mostrou que podem reduzir a testosterona, diminuindo o desejo e a energia sexual.
Ainda assim, acrescentou, os benefícios das estatinas prevalecem sobre os malefícios em 10 de 11 estudos feitos.
Lusa