Os DiabéT1cos (www.diabet1cos.pt), um grupo de apoio a pessoas com diabetes a funcionar a partir do Facebook, entregou esta terça-feira na Assembleia da República a petição pública em defesa do alargamento da comparticipação de bombas de insulina para maiores de 18 anos, que conta com um total de 10886 assinaturas (http://peticao.diabet1cos.pt).

Lançada em dezembro de 2018, a petição tem como objetivo principal pedir a intervenção da Assembleia da República para que se avance com legislação tendo em vista o alargamento da comparticipação de bombas de insulina para todos os diabéticos que sejam recomendados pelas equipas médicas e que estejam aptos a utilizar o dispositivo.

A petição pretende também pedir que sejam introduzidas alterações na forma como é feita a escolha dos dispositivos a atribuir através da comparticipação. O objetivo é que mais marcas de bombas de insulina possam estar à disposição, de modo a permitir um melhor ajuste do dispositivo médico ao paciente.

O documento foi entregue em mão ao vice-presidente do Parlamento, António Filipe, em representação do Presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues, por Sérgio Tavares da Silva, primeiro peticionário e fundador do Grupo DiabéT1cos, Teresa Alves e Idálio Reis, ambos moderadores no grupo.

Na foto: de frente - Vice-presidente da AR, deputado António Filipe (E), Sérgio Silva (C), fundador e administrador do grupo DiabéT1cos, Teresa Alves (D), moderadora grupo DiabéT1cos. À direita, de lado, Idálio Reis (moderador grupo DiabéT1cos); de costas, Dr. José Manuel Boavida, presidente da APDP. Os direitos devem ser atribuídos ao grupo DiabéT1cos.
Na foto: de frente - Vice-presidente da AR, deputado António Filipe (E), Sérgio Silva (C), fundador e administrador do grupo DiabéT1cos, Teresa Alves (D), moderadora grupo DiabéT1cos. À direita, de lado, Idálio Reis (moderador grupo DiabéT1cos); de costas, Dr. José Manuel Boavida, presidente da APDP. Os direitos devem ser atribuídos ao grupo DiabéT1cos. De frente, vice-presidente da AR, deputado António Filipe (E), Sérgio Silva (C), fundador e administrador do grupo DiabéT1cos, Teresa Alves (D), moderadora grupo DiabéT1cos. De lado, Idálio Reis (moderador grupo DiabéT1cos); De costas, José Manuel Boavida, presidente da APDP créditos: DiabéT1cos

O encontro contou também com a presença da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), na figura do seu presidente, o médico José Manuel Boavida, associação esta que tem apoiado a petição desde o primeiro momento.

Os Dispositivos de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (dispositivos de PSCI, vulgo bombas de insulina) permitem um melhor controlo da diabetes e uma maior flexibilidade na vida de um utente com diabetes. Entre outros aspetos, a bomba de insulina permite um melhor controlo da diabetes e uma maior flexibilidade na vida de um utente com diabetes, evitando, por exemplo, cumprimentos de horários rígidos das refeições ou um melhor ajuste na administração da insulina para o caso de quem profissionalmente trabalha por turnos.

Este dispositivo permite ter uma segurança de limite máximo de insulina injetada, algo que não é possível com as atuais canetas que podem levar a hipoglicemias graves ou mesmo até à morte em situações de doses incorretas de insulina ou de troca de insulina lenta por insulina ultra-rápida, bem como menos injeções no corpo. Das atuais 6 a 10 injeções diárias com canetas, seria apenas necessária a inserção de um cateter de 3 em 3 dias.

Segundo aquele grupo, a atribuição de uma bomba de insulina a uma pessoa com diabetes tipo 1 é um ganho não só no presente - com o doente a poder gerir melhor e com mais qualidade a doença -, mas também no futuro, uma vez que uma boa gestão da diabetes é chave essencial para a diminuição dos riscos de problemas futuros (como pé diabético, neuropatias, lesões oculares e renais, doença cardíaca entre outras) e, consequentemente, menos gastos financeiros para o Sistema Nacional de Saúde.