“Até ao momento foram entregues à DGAV 81 pacotes de sementes recebidos por várias pessoas em território nacional”, lê-se numa nota divulgada por esta direção-geral.
No início de setembro, o Ministério da Agricultura alertou para o envio postal de pacotes de sementes de países asiáticos, que não foram solicitados, pedindo que estas não sejam semeadas ou deitadas no lixo, mas reencaminhadas para as direções de agricultura.
Segundo o ministério tutelado por Maria do Céu Antunes, as embalagens, cujo conteúdo não aparece especificado, também não são acompanhadas por um certificado fitossanitário que ateste as exigências do país, acarretando assim “sérios riscos do ponto de vista da sanidade vegetal, pela possibilidade de veicularem pragas e doenças ou ainda pelo perigo de se tratarem de espécies nocivas ou invasoras”.
Conforme apontou a DGAV, além da China e da Malásia, algumas embalagens indicam como país de origem Malta e República Checa, situação que já está a ser acompanhada pelas autoridades dos respetivos países.
As sementes já identificadas incluem 29 espécies de plantas, como exóticas e de importação proibida, “com elevado risco fitossanitário, como é o caso de sementes de citrinos”.
A análise do laboratório de ensaio de sementes da DGAV revelou que a grande maioria apresenta um “poder germinativo” superior a 75%.
Neste sentido, a direção-geral de alimentação reforçou o apelo para que estas não sejam semeadas ou colocadas no lixo.
“Pede-se, assim, que as mesmas sejam entregues num serviço regional da DGAV, numa Direção Regional de Agricultura e Pescas ou entregues à PSP ou GNR”, sublinhou.
Caso não seja possível a entregue presencial, as sementes podem também ser reencaminhadas, via correio e com a embalagem original, para esta direção.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.
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