“Atualmente, temos 500 pessoas, entre alunos, professores e não docentes, em isolamento profilático. Isto, num total de 25 turmas. Em cada turma há, pelo menos, um caso positivo”, anunciou Sara Dias.
Estas 25 turmas estão distribuídas por “diversas escolas e vão desde a creche e jardim-de-infância até ao ensino secundário, que já terminou as aulas, mas tinha duas turmas afetadas. Não há casos no ensino superior”, explicou.
A delegada de saúde falava na conferência de imprensa promovida pela Câmara Municipal de Viseu para esclarecer a razão do adiamento dos concertos deste fim de semana, da programação do Verão na Cidade-Jardim, precisamente pelo “crescimento exponencial de novos casos”.
“Hoje, temos uma taxa de incidência cumulativa a 14 dias de 165 novos casos por 100 mil habitantes. Temos, neste momento, em termos de casos acumulados, 7.473 casos” de infeções por SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, precisou a delegada de saúde.
Para explicar o “crescimento exponencial” no concelho de Viseu, Sara Dias contou que, “nas duas primeiras semanas de junho, houve 67 casos, e nas duas seguintes, 123, dos quais 77 foram na semana de 21 a 28 e, de 28 a 30, foram 64 novos casos”.
“Dizer também que 55% dos novos casos identificados nas últimas duas semanas têm um ‘link’ epidemiológico, ou seja, é possível estabelecer uma cadeia de transmissão e saber que eram pessoas que tiveram contacto com um caso positivo”, esclareceu.
Sara Dias disse que, “muitas dessas pessoas já estavam em confinamento e que o teste até deu positivo na sequência do pedido de teste” por parte da autoridade de saúde. “Mas, no entanto, muitas requereram a necessidade de intervenção”.
“O padrão dos contágios tem sido, sobretudo, relacionado com eventos e convívio a nível familiar e social. Temo-nos apercebido também de situações em escolas e ginásios e em refeições em local de trabalho”, precisou. Por isso, destacou a “importância da adoção das medidas preventivas como o distanciamento, utilização de máscara e arejamento de espaço”.
A delegada de saúde contou que “há uma percentagem mínima, mas tem vindo a crescer tendo em conta o ano passado, de pessoas que se recusam a fazer o teste ou isolamento profilático, assim como a facultar os locais onde estiveram ou com quem estiveram”.
“E damos conta disso, quando nos aparecem outras pessoas positivas e percebemos que a rede de contactos já está mais alargada. Neste aspeto e nos testes não podemos fazer mais do que sensibilizar. Já quanto ao isolamento profilático, são fiscalizados por elementos da segurança que visitam as pessoas para o devido cumprimento”, apontou.
Comentários