![Escolher a área de ensino secundário certa é a chave para o sucesso](/assets/img/blank.png)
O percurso escolar nem sempre é linear para todos os adolescentes e, muitas vezes, chegada à hora de decidir qual a área de ensino secundário, são muitos as condicionantes que interferem numa tomada de decisão clara, consciente e com vista ao que é melhor para o presente e para o futuro de um adolescente.
Quando olhamos para os critérios de escolha dos adolescentes a nível de ensino secundário, não é raro encontrarmos adolescentes que escolhem determinada área apenas para fugir a disciplinas que lhe são mais difíceis, como por exemplo, a matemática. Ou, por outro lado, que escolhem a área, não porque gostam verdadeiramente dela, mas porque socialmente é mais aceite e garantirá os amigos mais próximos nessa área. Mas também há os adolescentes que escolhem sem pensar muito e que seguem uma área um bocadinho ao acaso, como se um salto de fé se tratasse.
Apesar de todos estes cenários e de muitas vezes existir a ideia, de que é cedo para um adolescente escolher e que a escolha na altura de ir para a universidade é que tem de ser sensata e decidida com prudência. A verdade é que é na escolha da área de ensino secundário que, muitas vezes, reside a chave do sucesso.
Isto acontece, seja porque é comum confrontamo-nos com adolescentes que ao fim do ensino secundário percebem que uma área profissional que não se enquadra na área escolar em que esteve e que, por isso, não apresentam os exames de acesso necessários para aceder à faculdade. Seja porque durante o percurso ensino secundário, passam por áreas que não se adaptam nem às suas potencialidades cognitivas, nem aos seus interesses e, por isso, desmotivam ao longo do processo e não conseguem atingir as médias e a performance necessárias, para seguir o percurso que desejam.
É, por tudo isto muito importante, lembrarmo-nos que chegado ao fim do nono ano escolar a escolha deve ser ponderada quer com base nos interesses de um adolescente, quer com base nas suas características e competências, e ter em consideração tanto a personalidade, como a componente cognitiva. Sendo importante que a escolha resulte mais do mundo interno de um adolescente do que das opções dos amigos, das crenças familiares ou daquilo que logicamente é mais simples.
É, assim, no ensino secundário — seja ele profissional, ou de ensino regular — que se começa a estruturar e a afigurar as hipóteses profissionais de um adolescente e esta decisão, não deve ser tomada de ânimo leve, por todo o impacto que terá no desenvolvimento e no futuro.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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