Eles não sabiam ainda, mas eram portadores de um novo coronavírus que marcará a história do século XXI. Num ano, matou 1,4 milhões de pessoas, confinou biliões em todo o mundo nas suas casas e arrasou a economia global.

Perante este terremoto, a AFP concentra-se nas suas consequências, com material especial dedicado à solução que todos esperam: as vacinas. Onde poderão ser encontradas e quais obstáculos que teremos de superar?

As nossas equipas voltaram a Wuhan e a uma das cidades mais afetadas da Europa, a pequena cidade espanhola de Tomelloso.

De Pequim, Paris, México, Montevidéu ou Kiev, os nossos jornalistas também se concentraram nas consequências de longo prazo da covid-19: pacientes que não se curaram completamente, "novos pobres" que lutam para sobreviver numa economia exausta, etc.

Por fim, também olhamos para o futuro e o que se espera para 2021.

Esta é a lista de nossas projeções até 2 de dezembro:

Quinta-feira, 26 de novembro:

Do surgimento de uma doença desconhecida na China, no final de 2019, à esperança despertada pelas vacinas um ano depois: VEJA um resumo da pandemia da covid-19 em 12 momentos marcantes.

Com uma rapidez inédita na história da medicina, diversas vacinas estão prestes a ver a luz um ano depois da detecção dos primeiros casos de covid-19, mas persistem as dúvidas científicas antes do início das campanhas de vacinação.

Um ano após o início da pandemia, a ciência ainda não inventou um tratamento milagroso contra a covid-19: apenas uma família de medicamentos, os corticosteroides, demonstrou A sua eficácia, ao contrário de outras moléculas muito esperadas, como remdesivir.

  • A desinformação, um obstáculo no caminho da vacinação?

A desinformação, que atingiu níveis inéditos em 2020 especialmente nas redes sociais, pode virar um obstáculo para as futuras campanhas de vacinação contra a covid-19, Num contexto de crescente desconfiança social a respeito das instituições.

  • O desafio de levar a vacina do coronavírus a todos os cantos da AL

A América Latina tem regiões remotas e impenetráveis; megalópoles e cidades na miséria sem serviços básicos; florestas tropicais, montanhas altas, deserto, fenÓmenos naturais devastadores e algumas economias duramente afetadas - um conjunto de circunstâncias que não facilitarão a vacinação contra o coronavírus.

  • A corrida para obter vacinas suficientes na América Latina

Enquanto aguardam que vacinas candidatas completem os ensaios e passem nos testes de segurança, os países latino-americanos aceleram as negociações e acordos para obter milhões de doses que cubram ao máximo as suas populações.

  • COVID-19 e o desafio de fazer as vacinas chegarem a seu destino

Como serão transportadas milhares de milhões de doses de vacinas para combater a covid-19, de forma rápida e segura? Profissionais da logística preparam-se, com base em equações com múltiplas incógnitas.

Voltar a tomar uma vacina desenvolvida à pressa? Nunca mais, diz Meisa Chebbi que, como centenas de outros jovens suecos, desenvolveu narcolepsia após uma campanha em massa de vacinação contra a pandemia da gripe A (H1N1) de 2009-2010.

Terça-feira, 1 de dezembro:

Combater a covid-19 significa olhar para o futuro criando vacinas, mas também olhar para trás para tentar rastrear a origem desta nova doença, um ano após o seu surgimento na China. Uma busca meticulosa, com um resultado incerto.

Durante meses, a investigadora Hannah Davis não conseguia guiar, nem permanecer concentrada perante um ecrã. A apresentar sintomas persistentes de covid-19, esta nova-iorquina lançou, juntamente com outros colegas em situação parecida, um estudo sobre os "pacientes de longa duração".

'Eu também morri': famílias de Wuhan lutam para seguir em frente após COVID-19

Liu Peien, morador de Wuhan fechou o seu negócio, evitou todas as atividades sociais e converteu-se ao budismo na tentativa de entender a morte do seu pai em janeiro, vítima da COVID-19.

Quarta-feira, 2 de dezembro:

A precariedade passou a ser a sua nova rotina. Passaram a saltar refeições, viver com dívidas ou tiveram que voltar para a casa dos pais. Após a primeira onda de covid-19, empregados dos setores de turismo, transporte aéreo ou catering que de repente ficaram desempregados contam os seus traumas.