
Zhong Hanneng não consegue dormir, nem comer, após a morte do seu filho Peng Yi e diz que os familiares sobreviventes são evitados por amigos e parentes com medo de infecção.
Um ano depois de o coronavírus começar a espalhar-se na sua cidade, algumas famílias de Wuhan ainda estão longe de um ponto final, devido à recusa do governo chinês em assumir a responsabilidade pelo seu papel na gestão do surto.
O pai de Liu Peien, Liu Ouqing, que tinha 78 anos, ex-funcionário público e ex-secretário do Partido Comunista do Departamento de Grãos de Wuhan, apresentou sintomas do vírus após ir a um hospital para fazer exames de rotina, sem saber da disseminação da doença.
Ele morreu a 29 de janeiro.
"Pode-se dizer que eu também morri a 29 de janeiro", afirma Liu, de 44 anos, numa entrevista no apartamento da família num bairro nobre de Wuhan.
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