O pico anterior de novas infeções ocorrera no final de dezembro, quando a Rússia lutava contra uma segunda vaga da pandemia.

A segunda cidade da Rússia, São Petersburgo, que recebe na sexta-feira o jogo dos quartos de final do campeonato europeu de futebol, registou 119 mortes, também o nível mais alto desde o início da crise sanitária, enquanto Moscovo, o epicentro da epidemia, registou 121 óbitos.

O país registou 20.616 novas contaminações neste último dia.

No total, a pandemia causou 134.545 mortos na Rússia, que se tornou o país europeu mais afetado em termos de óbitos, de acordo com estatísticas do Governo.

Contudo, a agência de estatísticas Rosstat, que tem uma definição mais abrangente de mortes ligadas à covid-19, registou cerca de 270.000 mortes, no final de abril.

A Rússia, em particular Moscovo, tem sido atingida particularmente há algumas semanas pela variante delta, que é mais contagiosa e que está a provocar preocupações nas autoridades sanitárias em todo o mundo.

O número de internamentos com a covid-19 nos hospitais de Moscovo já ocupa 75% das camas disponíveis, apenas duas semanas depois de as autoridades sanitárias municipais terem soado o alarme, obrigando às primeiras restrições em quase seis meses.

Na tentativa de conter a pandemia, Moscovo impôs o teletrabalho a pelo menos 30% dos funcionários não vacinados, ordenou a vacinação obrigatória dos funcionários dos serviços ou mesmo a criação de um passe de saúde para ter acesso a restaurantes.

A campanha de imunização está atrasada, desde dezembro, sobretudo devido à desconfiança pública generalizada nas vacinas russas e apesar dos repetidos apelos do Presidente, Vladimir Putin.

Mas, com a proliferação de categorias profissionais obrigadas a submeterem-se às injeções, as autoridades dizem que finalmente estão a assistir a uma aceleração do processo de vacinação.

Cerca de 22,2 milhões de russos, em 146 milhões de habitantes, receberam pelo menos uma dose, de acordo com os dados da página ‘online’ Gogov, que agrega dados de regiões, e dos ‘media’, por falta de estatísticas nacionais oficiais detalhadas e diárias.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.