Num requerimento entregue hoje no parlamento, o PSD requer a audição urgente do ministro Tiago Brandão Rodrigues na Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto e na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19.
Os sociais-democratas sustentam que “oito meses depois, o país deveria estar preparado para enfrentar o cenário possível e provável de um novo confinamento forçado da comunidade escolar", mas, "ao que parece, não está”.
“Os Diretores das escolas queixam-se da falta de 300 mil computadores e de técnicos de informática. A capacitação dos docentes em ferramentas digitais ainda não teve início. A produção de conteúdos específicos e de ferramentas adicionais para o acompanhamento dos alunos não saiu do papel. Um conjunto de bloqueios e falhas estruturais e graves que não poderão ser contornas ou resolvidas em apenas duas semanas”, alertam no texto.
Assim, “na iminência de se iniciarem as aulas 'online'”, o grupo parlamentar do PSD “considera urgente compreender qual é o ponto de situação, que afetará toda a comunidade educativa, e qual é o cenário que se coloca a partir do dia 5 de fevereiro se o confinamento se mantiver”.
Para o PSD, é “fundamental garantir o cabal cumprimento da garantia dada pelo governo de que todos os alunos serão contemplados, as desigualdades serão mitigadas e tudo está a ser feito para que ninguém fique para trás” e ainda “compreender que plano está a ser pensado para o regresso às aulas, nomeadamente em relação aos processos de testagem e vacinação”.
As aulas serão retomadas no próximo dia 08 de fevereiro, em todos os estabelecimentos de ensino, mas em modo não presencial.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.253.813 mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.257 pessoas dos 740.944 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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