“Ainda é uma questão recente. Há um aumento da procura de conservas de pescado nas lojas, sobretudo de atum e sardinha, que são as mais conhecidas dos portugueses, mas as lojas ainda estão a escoar os seus ‘stocks’”, disse à agência Lusa a porta-voz da associação, Marta Azevedo.
E prosseguiu: “De momento, a indústria conserveira não tem problemas” e está “perfeitamente confortável” em termos de produção e de ‘stocks’.
“Estamos preparados para o aumento da procura que se está a verificar devido à situação nacional [que se prende com o afluxo às lojas por causa do surto do novo coronavírus]. Eventualmente, só final da próxima semana a indústria terá conhecimento efetivo dos eventuais reflexos do aumento de procura que se está a fazer sentir”, salientou a responsável.
A porta-voz da ANIP referiu ainda à Lusa que “não há problemas de acesso à matéria-prima, uma vez que o pescado provém de águas nacionais”, e lembrou que, além das fábricas terem os seus ‘stocks’, a oferta de conservas “é alargada”, incluindo cavala, polvo, carapau ou mesmo bacalhau.
Além disso, explicou à Lusa que os ‘stocks’ da indústria de conservas “são suficientes” e que se "pode jogar" com os ‘stocks’ de conservas que se destinam aos mercados externos e os ‘stocks’ para o mercado nacional.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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