Segundo o documento divulgado hoje, há 78 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, 637 suspeitos, 133 a aguardar resultado laboratorial e 4923 em vigilância epidemiológica. Dos 78 casos confirmados, 69 estão internados.
Do total de 78 casos, 44 estão no Norte, cinco em Coimbra, 23 em Lisboa, cinco em Portimão e um no estrangeiro.
Não há nenhuma morte confirmada, garante o documento oficial.
O boletim informa que há seis cadeias de transmissão ativa em Portugal. Dos 78 casos, cinco são importados de Espanha, 10 de Itália, três da Suíça e um da Áustria ou Alemanha.
Segundo o documento da DGS divulgado hoje, a maioria das pessoas infetadas por COVID-19 apresenta tosse (65%), havendo casos de febre (46%), dores musculares (40%), cefaleia (37%), fraqueza generalizada (24%) e dificuldade respiratória (10%).
É entre a população com idades entre os 40 e os 49 anos que se registam mais casos (21 casos), seguindo-se a faixa etária entre os 30 e os 39 anos (14 casos).
Há duas pessoas com mais de 80 anos com o novo vírus, bem como uma criança com menos de nove anos.
OMS declarou Pandemia
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou esta quarta-feira o novo coronavírus (COVID-19) uma pandemia, ou seja, a doença tomou proporções à escala mundial, com diferentes focos em vários países do mundo.
O anúncio surge quando há 115 países com casos declarados da nova infeção que surgiu em Wuhan, na China. "Podemos esperar que o número de casos, mortes e países afetados aumente", afirmou o diretor-geral da OMS. A OMS justifica a declaração de pandemia com "níveis alarmantes de propagação e inação".
"Os países podem ainda mudar o curso desta pandemia se detetarem, testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem as pessoas na resposta", ressalvou. O diretor-geral da OMS alertou que "pandemia não é uma palavra para se usar de ânimo leve ou de forma descuidada". "É uma palavra que, mal utilizada, pode causar medo irracional ou uma aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a um sofrimento e morte desnecessários", comentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Declarar esta situação como uma pandemia não muda a avaliação da OMS sobre a ameaça que este coronavírus representa", frisou. "Não muda o que a OMS está a fazer e nem o que os países devem fazer", advertiu ainda.
Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus COVID-19 em todo o mundo:
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas. Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.
Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
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